Reprodução/Web
O senador Jayme Campos (DEM), também conhecido como rei do gado, resolveu soltar os cachorros e junto com eles acuar o governo do presidente Jair Bolsonaro.
O cacique de Várzea Grande, que é dono de uma retórica brejeira, aproveitou o palanque armado na Fiemt, na manhã dessa segunda-feira, para desancar a borduna até contra o ex-juiz federal Sérgio Moro, que ocupa o ministério da Justiça.
Na avaliação de Jayme Campos, o conceito de Moro virou pó. “Fez barganha, participou de balcão de negócio, se envolveu em negociação que não é prática republicana”, afirma o senador, que indaga e responde ao mesmo tempo: “Este é o juiz sério? Conversa fiada”.
Prossegue Campos:
“Moro conseguiu passar para o Brasil que ele é o paladino, que só ele que é honrado. Ele é uma figura, uma simbologia que é o bacanão. Agora isso é um atraso para o Brasil”. Jayme Campos, o maior especialista em acordos, conchavos e negociatas políticas, teria ficado zangado com a revelação de Bolsonaro, que pretende indicar Sergio Moro para ocupar uma cadeira no Supremo tribunal Federal (STF). A indignação do cacique é proporcional ao medo de ver o juiz da Lava Jato na Suprema Corte.
Ainda no evento da Fiemt, Jayme Campos descascou a mutamba no presidente Jair Bolsonaro e se declarou decepcionado com o governo do capitão.
Para as lideranças do PSL, ouvidas pelo site, “se o maior oligarca vivo da história de Mato Grosso, dono de uma das maiores fortunas do Brasil, está decepcionado com o governo Bolsonaro, então o presidente está no caminho certo. Se Jayme estivesse satisfeito com o governo Bolsonaro, o povo poderia colocar as barbas de molho”.
De acordo com o senador, Bolsonaro faz política do mimimi nas redes sociais com decreto de desarmamento e chantageia a nação com a reforma da Previdência.
“Não queremos saber de metralhadora”, diz o parlamentar, que é latifundiário e mantém guardas armados em suas fazendas de criação de gado de corte, espalhadas pelos quatro cantos do estado. Durante seu ácido discurso contra Bolsonaro, Campos reproduziu a mentira fabricada pela esquerda de que haverá corte de 30% na área da educação.
“Estão cortando bolsa de quem está fazendo doutorado”, protestou o senador, sem explicar que o bacana que faz doutorado pode ficar até cinco anos fora do Brasil com todas as despesas pegas pelo contribuinte.