O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ajuizou uma ação de indenização por danos morais contra o governador e candidato a reeleição Mauro Mendes (UB) por tê-lo chamado de vagabundo. O inquilino do Alencastro afirmou que esse xingamento apequena sua grandiosa estatura moral, atinge sua honra subjetiva, afeta a democracia e prejudica a candidata ao governo Márcia Pinheiro (PV), que é sua esposa - aquela madame que foi alvo da Operação Capistrum e está proibida de entrar na prefeitura por determinação judicial.
Com a saúde mental supostamente abalada, Pinheiro pede indenização de R$ 40 mil.
Os advogados do prefeito não instruiram a peça inicial com nenhum laudo psiquátrico ou avaliação psicólogica para comprovar que Pinheiro teria perdido a sanidade mental por ter sido chamado de vagabundo. No direito a regra é clara, o ônus da prova cabe a quem alega. Emanuel vai precisar provar que se encontra impossibilitado, ainda que forma parccial, de fazer uso consciente de suas faculdades mentais.
Estranho que Pinheiro aparenta não ter sofrido nenhum abalo psicológico quando foi flagrado no propinoduto de Silval Barbosa abastecendo os bolsos do apletó com maços de dinheiro. Também não teria ficado jururu quando foi enxotado da prefeitura por ordem judicial e nem quando várias operações policiais foram deflagradas para apurar lambaças em sua gestão e afastar uma penca de colaboradores pegos com a boca na botija.
É possível que a alega ofensa a saúde mental de Pinheiro seja apenas frescura, melindre ou mera suscetibilidade. Um homem atordoado não seria capaz de produzir fake news em série e enfileira uma mentira atrás da outra. Ou seria a propensão a mentira um sintoma de desajuste mental? Em sendo isso, então Pinheiro deve buscar ajuda no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS), antes que seu quadro clínico evolua para loucura total.