Da Redação
Blog Edição MT
Filósofos ensinam que existem dois tipos de amor, o hedonista e o platônico. O primeiro se assemelha a uma antiga transação comercial chamada escambo. Esse tipo de relacionamento é marcado por trocas constantes, que vão da fidelidade conjugal aos cuidados com os filhos, a manutenção da casa e o suprimento das necessidades.
Quando o amor hedonista entra em crise, surgem desconfianças, desentendimentos, crises de ciúme. E, por fim, quando o estrangulamento da relação se torna irreversível, o divorcio se torna inevitável. Surge a partir daí a chamada dor de cotovelo, que é um sentimento de abandono, de desprezo. O cérebro pode inventar um culpado para justificar a dor do abandono.
Já o amor platônico é voluntário, gratuito e nada cobra, nada exige. Ama por amar e pronto, não pede recompensa.
Galvan vive uma crise de dor de cotovelo causado por um amor hedonista não correspondido. O sonho dele era ser o candidato ao senado com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O capitão deixou o ruralista com cara de paisagem e fez sua opção pela reeleição de Fagundes.
Galvan não tem coragem para chamar Bolsonaro aos tentos, cobrar dele reciprocidade e exigir apoio a sua candidatura. Diante de tamanha pusilanimidade, poupa o capitão e desanca Fagundes, como se o senador fosse o culpado por ter sido escolhido pelo presidente Bolsonaro.
Ciúme de homem é pior que ciúme de mulher!
A dor de cotovelo que perpassa o coração de Galvan fez dele um homem rancoroso, desconfiado e capaz de enxergar adversários e inimigos até mesmo quando dorme. Ele alimenta a falsa percepção de que fora traído pelo presidente Jair Bolsonaro, que é seu ídolo e referência em termos de liderança masculina. É uma dor que dói, corrói por dentro e demora passar, mas vai passar!