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POLÍCIA Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2024, 07:32 - A | A

29 de Janeiro de 2024, 07h:32 - A | A

POLÍCIA / ABIN PARALELA

PF fecha o cerco a Carlos Bolsonaro em operação contra a Abin Paralela

Novos desdobramentos na investigação da "Abin Paralela" alcançam Carlos Bolsonaro e assessores em operação da PF

Da Redação



Nesta segunda-feira (29/1), a Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão em uma nova fase da operação voltada contra a "Abin paralela" do governo Bolsonaro.

Entre os alvos estão o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente, e assessores ligados a ele.

Os mandados estão sendo executados na residência de Carlos Bolsonaro e também em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

A ação é um desdobramento das investigações da PF sobre um esquema ilegal de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com as diligências, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido utilizada para espionar adversários políticos, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), através do software FirstMile.

Na última quinta-feira (25/1), foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, incluindo o do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Abin entre 2019 e 2022, que teria comandado o esquema de espionagem ilegal.

Segundo as investigações, policiais federais que ocupavam cargos de destaque na Abin durante o governo Bolsonaro teriam utilizado serviços ilícitos para interferir em investigações da Polícia Federal que envolviam os filhos do então presidente, incluindo produção de provas favoráveis a Renan Bolsonaro, filho mais novo de Jair Bolsonaro.

Os mandados de busca e apreensão desta nova fase são desdobramentos de uma operação da PF realizada em outubro do ano passado, quando dois agentes da Abin foram presos sob suspeita de chantagearem Ramagem.

Esses dois servidores, após enfrentarem processo administrativo, ameaçaram tornar público o esquema de espionagem ilegal. Posteriormente, após investigação da PF, ambos foram expulsos da agência.

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