Edésio Adorno
Tangará da Serra
Internando no Hospital Municipal de Tangará da Serra para tratamento da covid-19, um servidor público aposentado teve seu quadro clínico agravado e precisou ser intubado agora a pouco. Nossa reportagem apurou que o paciente idoso deve ser transferido de ambulância para uma unidade de saúde de Cuiabá. Os leitos de UTI covid-19 já teriam sido desativados e a empresa contratada para administrá-los não renovou o contrato com o municipio.
Com a URA desativada, a UPA se tornou o destino para pacientes com suspeitas de vodi-19. Por dia dezenas de pessoas são atendidas e uma grande quantidade de exames é realizado. O número de infectados disparou na cidade.
O paciente de Tangará da Serra será removido de ambulância para Cuiabá. Uma viagem de alto risco. A viatura não oferece condições adequadas de oxigenação e sem uma eficiente retaguarda de ventilação, além do longo percurso e o tempo para fazer o trageto, a possibilidade de uma intercorrência com evolução para óbito é sempre real.
Familiares do paciente, assim que foram informados, entrou em desespero e pedem que o tratamento seja realizado em uma UTI de Tangará da Serra. Outra alternativa serria o transporte aéreo para reduzir o risco de agravamento da doença devido a falta de ventilação adequada.
Subnotificação de caos de covid-19
De acordo com informações compiladas pela reportagem, até ontem (07/01) haviam sido notificados 116 casos confirmados para a doença. Esses númerso não refletem a realidade. A Coordenadoria de Vigilância Epidemiologica e Sanitária não estaria contabilizado os casos confirmados em dois grandes frigorificos da cidade (Marfrig e Anhambi).
Também não estaria levando em conta os diagnosticos confirmados na rede hospilar privada e nem nas fármacias. Os 116 casos até ontem confirmados seriam apenas referentes aos testes realizados no Hospital Municipal. Seria recomendável que a Vigilância Epideomilogica ajustasse os numeros para manter a população informada sobre o avanço da doença na cidade.