EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política
O relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a senadora Selma Arruda (PSL), desembargador Pedro Sakamoto, do TJ-MT, confirmou o que já era de conhecimento público. Votou pela cassação do mandato da juíza aposentada.
Nas redes sociais, nos botecos, nas padarias e nas rodadas de bate-papo, sempre foi consenso que os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já teriam ajustado entendimento para passar a guilhotina no pescoço da senadora. Pimba! Não deu outra!
A surpresa do julgamento, claro!, ficou por conta do voto extravagante do relator.
Sakamoto não se limitou a despojar Selma de seu mandato. Pretendeu obliterar a soberania popular e, numa caneta, agraciar Carlos Favaro com uma cadeira no senado federal. Essa era uma tese, aliás, era a tese defendida pelo advogado petista José Eduardo Cardozo, apelidado de Porquinho por sua ex-chefe Dilma Roussef.
A benevolência do togado para com o servo do rei da soja é até compreensível. Mas inaceitável. Foi rechaçada pelos demais julgadores.