Da Redação
A Bronca Popular
“A parceria da Câmara ela acontece de uma forma irrestrita, incondicional porque nós sabemos que a administração está no rumo certo trabalhando com transparência”, declarou o presidente da Câmara de Nova Xavantina, vereador Elias Bueno, na condição de líder da base de bajulação do prefeito João Bang, durante o encerramento do 20º Festival de Pesca.
Responsável por transformar a Câmara de Vereadores em um puxadinho da prefeitura, Bueno fez questão de ressaltar toda sua subserviência e cumplicidade com o descalabro administrativo da gestão Bang. Sua subordinação é inabalável e independente de qualquer variante.
Foi isso que Elias Bueno afirmou ao qualificar a parceria da Câmara com Bang como sendo “irrestrita e incondicional”.
Alheio e indiferente aos questionamentos em torno da Coopervale, que estaria sendo utilizada como cabide de emprego para acomodar apaniguados do gestor e de seus aliados ‘incondicionais’. Também não traz à luz do dia explicações sobre a dívida estratosférica da prefeitura com fornecedores – algo em torno de R$ 7 milhões.
Elias Bueno considera transparente algo extremante nebuloso e obscuro, que é a gestão fiscal da administração Bang.
Apontamentos do Tribunal de Constas (TCE-MT) revelam descumprimento de aplicação dos limites e percentuais constitucionais referentes à educação. As prestações de contas da gestão invariavelmente são enviadas com atraso, conforme atesta relatório do TCE-MT.
Para corrigir a grave irregularidade e tapar o buraco fiscal, algo em torno de R$ 25 milhões, Bang vai precisar muito mais que palavras açucaradas de sua base de bajulação. Sobre isso, os vereadores não dizem absolutamente nada. Claro, desconhecem a matéria.
Parceria irrestrita e incondicional significa renuncia a prerrogativa de fiscalizar aos atos da administrçaão municipal. Assim, nas palavras de Elias Bueno, os vereadores inverteram os papeis: deixaram de representar o povo para representar o prefeito junto ao povo.
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