A votação da Medida Provisória 870, que cuida da reforma administra do governo Bolsonaro, pelo plenário da Câmara dos Deputados, serviu para mostrar que interesses representam e defendem os congressistas de Mato Grosso.
Uma emenda à MP 870 retirava o Coaf da alçada do ministro Sérgio Moro e o devolvia ao Ministério da Economia. Um golpe do Centrão ao combate a corrupção. O voto dos deputados Valtenir Pereira (MDB) e Rosa Neide (PT) contra o endurecimento das investigações já era esperado.
Chamou atenção o voto do deputado Neri Gueller (PP), não que ele tenha interesse no recrudescimento ao combate a corrupção e ao fortalecimento dos instrumentos de investigação, até porque ele responde a uma penca de ações penais. Foi delatado, inclusive, pelo ex-governador Silval Barbosa. Gueller se apresenta como da base aliada do governo Bolsonaro. No entanto, teve a coragem de votar pela retirada de um poderoso instrumento de combate a corrupção do controle do ministro Sérgio Moro.
Outro que apunhalou o governo Bolsonaro e o ministro Moro foi o deputado Zé Medeiros. Na que hora que o governo mais precisava de sua presença, de seu apoio e voto, o parlamentar simplesmente escafedeu. Não compareceu para defender a continuidade do Coaf com ministério da Justiça.
Os deputados Dr. Leonardo (SD), Emanuel Pinheiro Neto (PTB), Juarez Costa (MDB) e Nelson Barbudo (PSL) votaram de acordo com o sentimento da pátria e se esforçaram para garantir a continuidade do Coaf com Moro. Infelizmente, o Centrão se mobilizou e aplicou um duro golpe contra os brasileiros, que clamam pela fim da corrupção.