Da Redação
A esposa do bolsonarista que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, Jorge Guaranho, afirmou nesta quarta-feira (13) à RPC que o assassinato não teve motivação política. De acordo com ela, o marido se sentiu agredido e ameaçado.
"O que motivou ele a voltar lá foi essa agressão, que ele se sentiu agredido, né, que ele se sentiu ameaçado, a família ameaçada. Então, por ele ter voltado lá, não tem nada a ver com Lula, não tem nada a ver com o Bolsonaro. A minha família, meu padrasto, minha mãe, eles votaram no Lula, entendeu? Nós conhecemos várias pessoas de outras famílias, nós fazemos churrasco", afirmou em entrevista ao repórter Marcos Landim.
Jorge Guaranho é policial penal federal e no sábado (9) atirou contra Marcelo Arruda durante a festa de aniversário do petista. A comemoração tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula.
A esposa estava com o filho recém-nascido no carro quando o Guaranho foi até o local onde a festa era realizada, na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf). De acordo com ela, Guaranho é sócio do clube e ia ao local jogar futebol toda segunda e sexta.
"Era de praxe o pessoal que era associado fazer ronda, porque já houve alguns furtos no local", relata.
Ela afirma que no carro tocava uma música que Guaranho sempre ouvia e que dizia "O mito chegou e o Brasil acordou". Segundo a esposa, ao ouvir o som, os participantes do aniversário teriam se incomodado e teriam começado a gritar.
Foi quando Guaranho, segundo ela, fez o retorno com o carro e gritou: "Bolsonaro mito!".
"Quando ele falou Bolsonaro Mito, a pessoa que estava lá dentro, que creio eu que era aniversariante, pegou terra e pedras e tacou no nosso carro", afirmou a esposa.
Porém, o marido retornou à associação e disparou contra o tesoureiro do PT. Arruda, que era guarda municipal e também estava armado, reagiu e baleou Guaranho. O policial penal federal está internado em estado grave.