Segunda-feira, 16 de Junho de 2025

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27 de Maio de 2025, 09h:39 - A | A

BLOG / GEOPOLÍTICA EM JOGO

EUA cobiçam recursos e infraestrutura do Brasil enquanto articulam domínio político com apoio interno

A presença de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos não é apenas um teatro ideológico contra o STF: é uma peça de apoio ao avanço da influência norte-americana sobre os pilares estratégicos do Brasil

Da Redação
Blog Edição MT



Em meio à crescente tensão institucional no Brasil, com ataques reiterados ao Supremo Tribunal Federal e tentativas de deslegitimar o processo democrático, uma articulação silenciosa mas poderosa ganha corpo: o avanço dos interesses estratégicos dos Estados Unidos sobre o território e os recursos brasileiros, especialmente com a retomada de influência de Donald Trump.

A presença do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em solo norte-americano — sob o pretexto de denunciar uma “ditadura de toga” e criticar o ministro Alexandre de Moraes — é, na prática, mais do que uma cruzada ideológica. Trata-se de uma manobra deliberada para facilitar o domínio externo sobre áreas sensíveis da soberania nacional, por meio de laços político-empresariais alinhados ao trumpismo.

Infraestrutura, minérios e dados: os alvos de sempre

Com Trump de volta ao tabuleiro global, os EUA miram no Brasil como peça-chave de influência na América Latina. A cobiça se intensifica sobre:

  • Portos e rotas de escoamento, vitais para o agronegócio e a exportação de minérios.

  • Base de Alcântara, no Maranhão, ideal para lançamentos espaciais e controle de satélites.

  • Minérios estratégicos, como nióbio, lítio e terras raras, essenciais para a indústria bélica e tecnológica.

  • Dados e infraestrutura digital, com atenção redobrada à disputa pelo 5G e ao combate à presença chinesa.

A retórica de defesa da “soberania” e da “liberdade” se choca com a realidade. Enquanto Eduardo Bolsonaro posa como defensor do Brasil nos palanques internacionais, abre portas para uma dependência estrangeira que compromete o controle nacional sobre recursos naturais, comunicação, logística e inteligência estratégica.

É um jogo perigoso, travestido de “alinhamento ideológico”, que despreza os verdadeiros interesses do povo brasileiro em troca de visibilidade, proteção pessoal e acordos subterrâneos.

Denunciar o STF no exterior como “tirania” é mais do que irresponsabilidade institucional. É uma tática para enfraquecer as instituições brasileiras e abrir espaço para que potências estrangeiras determinem, por pressão ou influência econômica, o rumo do país.

Num momento em que o Brasil deveria reafirmar sua soberania, suas riquezas e sua independência diplomática, figuras como Eduardo Bolsonaro atuam como cavalos de Troia, levando a disputa interna para as mãos de quem tem tudo a ganhar — e nada a perder.

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