Da Redação
A Bronca Popular
Em declaração recente à imprensa, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), fez uma série de afirmações distorcidas sobre o programa Minha Casa Minha Vida, numa tentativa de minimizar a atuação do governo federal e atribuir o protagonismo da política habitacional ao município e à iniciativa privada.
De forma desconexa e recheada de jargões técnicos mal explicados, Abílio afirmou que o programa “hoje não constrói mais casas” e seria apenas “um programa de cofinanciamento”. A fala, no entanto, ignora dados objetivos, distorce o funcionamento da política pública e espalha desinformação.
Relançado pelo governo Lula em 2023, o Minha Casa Minha Vida retomou a construção direta de moradias para a Faixa 1, voltada a famílias de baixa renda, com 100% de subsídio e participação ativa do governo federal em todas as etapas: da seleção de propostas à liberação de recursos e fiscalização das obras via Caixa Econômica.
Abílio ainda induz à falsa ideia de que as empresas “procuram” o município e recebem aprovação quase que automática, como se o governo federal fosse apenas um financiador passivo. A realidade é que as propostas dependem de critérios federais rígidos, e os municípios precisam comprovar capacidade técnica, viabilidade fundiária e compromisso com a infraestrutura urbana para que os projetos saiam do papel.
Ao adotar esse tipo de discurso, o prefeito de Cuiabá revela desinformação ou má-fé, além de um evidente viés ideológico. A retórica esconde a parceria institucional entre União, estados, municípios e setor privado, que é justamente o que torna o Minha Casa Minha Vida um dos programas sociais mais eficazes do Brasil.
Enquanto prefere falar pelos cotovelos, Abílio omite que os 192 apartamentos retomados recentemente só avançaram após assinatura de documentos pendentes desde a gestão anterior, com aval da Caixa — prova de que sem o governo federal, não há habitação popular de verdade.
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