Da Redação
A Bronca Popular
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) escancara o que muitos já sabem, mas poucos da própria direita têm coragem de dizer em voz alta: Jair Bolsonaro precisa sair de cena.
Inelegível até 2030, ele insiste em manter viva a fantasia de que será candidato à Presidência em 2026, mesmo quando 65% dos brasileiros — e 55% da própria direita — pedem claramente que ele apoie outro nome.
Essa teimosia não é apenas uma questão de ego; é um entrave real à reorganização da direita brasileira.
Enquanto líderes como Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior ganham força e se viabilizam eleitoralmente, Bolsonaro escolhe o caminho da ilusão, fazendo sombra aos que ainda tentam construir pontes com o eleitorado mais amplo.
Nem mesmo entre seus fiéis a unanimidade se sustenta: só 38% dos bolsonaristas defendem que ele permaneça como protagonista.
Insistir na própria candidatura é ignorar a realidade jurídica e política.
Mais do que isso, é sabotar um projeto de poder que poderia se renovar com rostos novos, com mais preparo e menos escândalos. O medo de 45% dos brasileiros em ver Bolsonaro novamente no Planalto diz muito: o ex-presidente virou sinônimo de instabilidade, radicalismo e isolamento.
Se a direita quiser sobreviver com força em 2026, precisa deixar para trás o messianismo de Bolsonaro e abraçar a razão. O tempo do capitão acabou — o Brasil exige mais do que bravatas e promessas vazias.