Da Redação
A Bronca Popular
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), ultrapassou todos os limites ao transformar uma sala de aula em palanque político para espalhar fake news e atacar adversários diante de crianças indefesas.
Defensor da “escola sem partido”, Brunini mostrou sua hipocrisia ao usar o ambiente escolar – e em pleno horário de aula – para doutrinar menores com narrativas distorcidas, omitindo que o rombo na Previdência começou no governo Temer, avançou sob Bolsonaro e explodiu no governo Lula.
Só agora, no entanto, está sendo combatido com investigações da PF.
Brunini ainda lançou no ar a cifra de R$ 90 bilhões desviados, sem citar fonte confiável ou dado oficial. Nem o MPF, nem a PF, tampouco a CGU ou o TCU confirmaram esse número.
A pergunta que fica é: de onde Brunini tirou essa conta? De planilha oficial ou da própria cabeça?
Pior: enquanto aponta o dedo, não entrega kits escolares no prazo, não explica a ausência de merenda ou a desvalorização dos professores. Faz discurso contra corrupção, mas age como panfleteiro usando crianças como escudo.
Isso não é só imoral — é abuso de autoridade e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente. O Ministério Público Estadual precisa agir com urgência. Cuiabá não pode aceitar um prefeito que mente, manipula e politiza a sala de aula como se fosse extensão de seu gabinete.
O MPE tem o dever legal e moral de intervir. Agora.