Da Redação
Blog Edição MT
Em um país sedento por ética pública e respeito à Constituição, o depoimento do ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, surge como um marco de coragem e zelo institucional.
Ao relatar com firmeza sua recusa em participar de um plano que violaria a ordem legal e democrática, Baptista Júnior reafirmou o papel do militar não como agente de poder, mas como guardião da legalidade.
Seu depoimento não apenas estremeceu as estruturas da política, mas também tocou até mesmo os ministros do Supremo Tribunal Federal que antes nutriam simpatia por Jair Bolsonaro.
A clareza com que descreveu a tentativa de golpe e sua resistência em analisar um documento golpista entregue pelo então ministro da Defesa demonstram algo que vai além da hierarquia militar: a honra.
A postura de Baptista Júnior revela o que deveria ser regra, mas tornou-se exceção — o respeito absoluto à Constituição, à democracia e à soberania do povo brasileiro.
Ele não apenas vestiu a farda; ele a honrou. Sua atitude ecoa como um lembrete de que a farda não pode ser instrumento de poder, mas símbolo de compromisso com o Estado Democrático de Direito.
Ao rejeitar o caminho do arbítrio, esse herói de farda firmou-se como exemplo. Um homem que compreendeu que servir ao Brasil é, antes de tudo, servir à verdade.