Da Redação
Blog Edição MT

A disputa pelos cargos de comando da CPMI do INSS virou um triste retrato da falência política nacional.
De um lado, o bolsonarismo tenta empurrar nomes despreparados, conhecidos mais por discursos inflamados nas redes sociais do que por qualquer capacidade técnica ou jurídica.
Deputados como Coronel Fernanda e Bia Kicis querem transformar a comissão em palanque eleitoral, quando o país exige investigação séria.
Do outro lado, a esquerda não fica atrás.
Nomes ligados ao PT e ao PCdoB já se movimentam para transformar a CPMI em trincheira de defesa do Governo Lula, ignorando que as fraudes começaram ainda no mandato de Bolsonaro e que a responsabilidade é de todos os governos que, por anos, fecharam os olhos para o assalto ao INSS.
Diante desse cenário de radicalização, a escolha de um relator com perfil técnico e equilíbrio político, como sinaliza o presidente da Câmara, Hugo Motta, surge como alento.
A sociedade, especialmente os aposentados e pensionistas vítimas das fraudes, não pode mais ser refém dos extremos.
O que está em jogo é o futuro de milhões de brasileiros que dependem do INSS para sobreviver. Menos ideologia e mais responsabilidade: é o mínimo que o país espera desta CPI.