Da Redação
A Bronca Popular
Enquanto posa de paladina contra a "roubalheira" no INSS, a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) enfrenta uma humilhação política que escancara sua fragilidade técnica e política: nem mesmo o próprio partido, o PL de Jair Bolsonaro, a quer como relatora da CPMI que investigará as fraudes na Previdência.
Autora do pedido de instalação da comissão, Fernanda tenta, sem sucesso, articular sua nomeação para a relatoria.
Seria, em tese, o passo natural para quem propôs a investigação.
Mas o que era para ser uma conquista virou um constrangimento público.
Lideranças da ala bolsonarista consideram a deputada despreparada para exercer a função, que exige conhecimento jurídico, habilidade de negociação e capacidade de lidar com a pressão política de um colegiado misto.
A rejeição interna, vinda justamente de quem compartilha o mesmo campo ideológico, é ainda mais simbólica do que um eventual veto da base governista. Ser descartada por falta de competência por seus próprios aliados é um atestado político devastador.
Para piorar, em seus discursos inflamados nos portais bolsonaristas de Mato Grosso, a deputada insiste em culpar o Governo Lula pelas fraudes no INSS, ignorando o fato histórico: os esquemas começaram a ser investigados ainda em 2019, durante o governo de Bolsonaro.
A CPMI do INSS precisa de um relator com preparo técnico e equilíbrio político. Coronel Fernanda, com seu histórico de discursos rasos e atuação parlamentar frágil, claramente não é esse nome. E o recado já foi dado... pelo próprio PL.