Da Redação
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) decidiu suspender o registro profissional do médico José Antônio Souza, acusado de assassinar a própria namorada, Maria Clara Silva, em um caso que chocou o estado. O crime ocorreu em agosto deste ano, e desde então, Souza estava preso preventivamente, aguardando o desenrolar do processo judicial.
Maria Clara, de 27 anos, foi encontrada morta no apartamento do casal, em Cuiabá, com sinais de estrangulamento. Souza alegou que o ocorrido teria sido um acidente durante uma discussão, mas as investigações indicaram um possível homicídio premeditado. Segundo testemunhas, o casal enfrentava problemas constantes no relacionamento, com relatos de ciúmes excessivos e comportamento agressivo por parte do médico.
O CRM-MT justificou a suspensão do registro de Souza com base na gravidade das acusações e na necessidade de preservar a imagem da classe médica. "Essa medida é cautelar, visando proteger a dignidade da profissão médica até que o processo judicial seja concluído", afirmou o órgão em nota oficial. A suspensão impede Souza de exercer a medicina em qualquer circunstância.
A família da vítima comemorou a decisão do conselho, afirmando que a suspensão era um passo necessário em busca de justiça. "Sabemos que ainda temos um longo caminho, mas é reconfortante saber que ele não poderá continuar exercendo sua profissão como se nada tivesse acontecido", disse uma das irmãs de Maria Clara.
O caso continua sendo investigado, e o julgamento de José Antônio Souza deve ocorrer nos próximos meses. Ele responde pelo crime de feminicídio, e, se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.