EDÉSIO ADORNO
Cuiabá
A saída estridente de Sérgio Moro do ministério da Justiça e da Segurança Pública do governo federal continua causando estragos a imagem pessoal do presidente Jair Bolsonaro e a hegemonia que, até então, ele exercia impávido sobre a ala do eleitorado identificada com as promessas da direita.
O juiz da Lava Jato, que no momento áureo de sua saga mediática de caça aos corrutos e de combate a corrupção, foi elevado a condição messiânica de super-herói nacional, já é considerado a encarnação do encardido para os fundamentalistas ou simplesmente talibãs do bolsonarismo.
Se pender de Bolsonaro, o principal beneficiário dos erros e acertos da força tarefa da Lava Jato, Moro será derrubado do panteão e reduzido a um desprezível traidor da Pátria. “É um traidor, um Judas”, bradou o capitão para seus soldados.
Bolsonaro sabe que Moro ameaça sua hegemonia na direita. A guerra é para não perder o território conquistado e evitar baixa entre seus devotos seguidores. A refrega entre deste sábado, travada entre militantes moristas e bolsonaristas, em frente à sede da PF de Curitiba, gerou cenas antológicas.
A direita, agora dividida em duas facções, precisa intensificar a guerra autofágica.
Bolsonaro acredita na supremacia de seu exército de seguidores. Mas, por precaução, já contratou um bando de mercenários do centrão. A guerra está apenas começando. Assisti-la de casa chega a ser um privilégio, nesses tempos de covid-19. Entre um bando e outro, torço pelo recrudescimento da peleia.
É na porrada!
Extrema direita rachada, no embate entre dois criminosos. Moristas e bolsonaristas promovem pancadaria na frente da sede da PF, em Curitiba, onde daqui a pouco Sérgio Moro dará depoimento sobre as acusações que fez a Bolsonaro. #ForaBolsonaro #acaboubolsonaro pic.twitter.com/mg099O91BS
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) May 2, 2020
Ana Alencar 02/05/2020
Quem disse que Sérgio Mouro é Direita? Se assim fosse não havia os ditos seus apoiadores , simples assim
1 comentários