Edésio Adorno
Tangará da Serra

Apesar de amplo chamamento pelas redes sociais, partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais não conseguiram mobilizar grande público para protestar contra o governo do presidente da República Jair Bolsonaro, neste sábado, em Cuiabá.
De acordo com os organizadores do evento, cerca de 400 veículos seguiram em carreata, que partiu da concentração, em frente a UFMT e seguiu até o bairro Pedra 90.

Durante o trajeto, os manifestas gritaram palavras de ordem, como "Fora Bolsonaro" e "Fora Genocida", pediram o impeachment do presidente, a vacinação em massa contra o coronavírus e a continuidade do auxílio emergencial.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Mato Grosso, Henrique Lopes, discursou que a manifestação expressa o repúdio ao governo que ele considera genocida e negacionista.
"Temos visto a negligência de Bolsonaro ao negar a continuidade do auxílio emergencial de R$600 à população que padece com os efeitos da pandemia. Os alimentos sofrem os impactos da inflação e os trabalhadores estão expostos à contaminação a cada dia que se passa sem que tenhamos vacina. Nem mesmo um sistema de testagem em massa foi feito. Se tivéssemos um presidente que acredita na ciência, que olha para os mais pobres, com certeza o cenário seria outro", discursou.
Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, é a primeira vez que ele enfrenta manifestação organizada por entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais. A manifestação deste sábado faz parte de ação planejada para acontecer em outras 85 cidades brasileiras.
Tangará da Serra
O protesto contra Bolsonaro em Tangará da Serra foi tímido. Cerca de 30 veículos percorreram a principal avenida da cidade. A população se manteve a distância. O motivo alegado para justificar a baixa adesão ao protesto seria o receio de contaminação pela covid-19.

"O recado foi dado, parcela da cidade repudia o comportamento de Bolsonaro no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. Esse foi o primeiro ato de muitos que ocorrerão para expor nossa insatisfação com esse governo insensivel, desumano e indiferente a quase meio milhão de mortes", afirmou um dos idealizados do evento.
Com conteúdo do Rdnews