Da Redação
Blog Edição MT
O senador licenciado e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), ainda patina para consolidar sua reeleição ao Senado em 2026. Astuto, firme nas articulações e habilidoso na ocupação de espaços, Fávaro opera em várias frentes: capitaliza entregas do governo federal em Mato Grosso, cultiva prefeitos e vereadores, dialoga com o empresariado e tenta, com paciência calculada, reduzir sua rejeição junto ao agro — um setor majoritariamente de direita e historicamente hostil ao lulismo.
A entrada da médica e empresária Natasha Slhessarenko como pré-candidata ao Governo surge como uma catapulta capaz de impulsionar o projeto de Fávaro. Natasha fala bem, agrega prestígio e vocaliza pautas sociais caras ao campo progressista. Porém, ela também pode virar moeda de troca: seu nome pode ser rapidamente substituído caso o senador Jayme Campos decida disputar o Paiaguás com o aval do presidente Lula. No xadrez pré-eleitoral, tudo é móvel — e Fávaro sabe jogar.
Mas, mesmo sem ter sua reeleição sacramentada, ele já é um vencedor. Seu projeto familiar avança com força: a jornalista Rafaela Fávaro, sua filha, desponta como favorita para uma vaga na Assembleia Legislativa. Jovem, articulada, excelente oradora e conhecedora da política, Rafaela tende a ser eleita em uma chapa desenhada para colocá-la no Parlamento ao lado de Wilson Santos — com possibilidade até de um terceiro nome.
O encontro regional do PSD em Cuiabá deixou claro o desenho: Fávaro lidera, Natasha se apresenta como rosto estratégico e Rafaela surge como aposta geracional do partido.
Ao defender municipalismo, unidade partidária e redução das desigualdades, o ministro tenta ocupar o centro ampliado da política mato-grossense — e, gostem ou não, tem sido bem-sucedido.











