Da Redação
Blog Edição MT
O procurador-geral da prefeitura de Tangará da Serra, Pedro Mendes Ferreira, convocou uma coletiva de imprensa no dia 29 de junho para abordar uma publicação feita por um perfil de humor no Instagram. No entanto, durante o evento, ele utilizou o espaço de forma inadequada ao disseminar informações falsas e atacar sites e blogs locais.
Embora não tenha mencionado diretamente o perfil "Tangará Mil Graus", o procurador generalizou e criticou indevidamente os sites e blogs da cidade, alegando que estes veicularam inverdades sobre o Projeto de Lei Nº 123/2013, de autoria do Executivo Municipal.
Esse projeto visa homologar um acordo firmado entre o Centro de Hemodiálise e o Ministério Público Estadual (MPE) para encerrar uma ação de improbidade administrativa relacionada ao uso não remunerado de um prédio público desde 2009.
Durante a coletiva, Pedro Mendes Ferreira se apresentou como porta-voz do prefeito Vander Masson, proferindo um discurso intimidador e repleto de falácias. Ele denunciou a existência de uma suposta milícia digital organizada em Tangará da Serra, sem apresentar provas concretas ou informar se essa grave acusação seria formalizada junto à Polícia Judiciária Civil ou ao MPE.
Em sua exposição, que durou mais de 11 minutos, o procurador demonstrou claramente seu servilismo e subserviência ao prefeito Vander Masson e ao deputado Dr. João Matos, proprietário do Centro de Nefrologia. Esse comportamento é típico daqueles que se mostram medíocres e aqui o adjetivo "medíocre" é utilizado para descrever o procurador como alguém mediano, o que, na verdade, é um elogio.
"Nós viemos, por meio da imprensa local, trazer relevantes informações, por meio de nota pública, sobre as últimas publicações realizadas em sites ou blogs específicos de notícias, que revelam inverdades de forma leviana, atacando o estado democrático de direito, a democracia e as autoridades competentes. Sentimos o dever constitucional, moral, ético e social de trazer a verdade real dos fatos à sociedade", declarou Mendes Ferreira.
Em continuidade, ele acrescentou: "Considerando os atos antidemocráticos praticados, em tese, por um grupo de milícia digital organizado, que busca atentar contra a democracia e o estado democrático de direito, desrespeitando as instituições do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Executivo - instituições consagradas na Constituição de 1988 -, é importante ressaltar que esse fenômeno, embora com nomes diferentes, é mundial. Essas organizações digitais atuam nas mídias sociais e em aplicativos de troca de mensagens, com o único objetivo de influenciar opiniões e resultados políticos por meio da mentira, da violência e da intimidação digital".
Em conclusão, é necessário ressaltar que, sob pena de omissão ou até mesmo prevaricação, o procurador-geral de Tangará da Serra tem o dever moral, ético e social - utilizando as próprias palavras dele - de nomear os membros da suposta milícia digital organizada que ele denunciou e levar essas informações às autoridades competentes. Isso é o mínimo que se espera de um servidor público zeloso, comprometido com as leis, os códigos e a Constituição de 1988. Caso nenhuma ação seja tomada nesse sentido, fica evidente que o procurador convocou a coletiva de imprensa com o objetivo de disseminar informações falsas, ou seja, propagar desinformação.