Sexta-feira, 09 de Maio de 2025

POLÍCIA Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 10:08 - A | A

08 de Maio de 2025, 10h:08 - A | A

POLÍCIA / DESVIOS MILIONÁRIOS

Operação "Poço Sem Fundo" mira ex-deputado e servidores da Metamat

Investigações apontam desvios de R$ 22 milhões em contratos fraudulentos para perfuração de poços artesianos.

Da Redação



O ex-deputado estadual Wagner Ramos (União Brasil), atual diretor administrativo da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), é um dos alvos da operação "Poço Sem Fundo", deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).

A ação apura um esquema de fraudes em contratos de perfuração de poços artesianos que teria causado prejuízo de R$ 22 milhões aos cofres públicos entre 2020 e 2023.

Além de Wagner Ramos, também são investigados o diretor técnico Francisco Holanildo Silva Lima e o ex-presidente da companhia, Juliano Jorge Boraczynski, atualmente servidor comissionado da Assembleia Legislativa, com salário de R$ 10,4 mil.

Juliano é irmão do ex-deputado Romoaldo Júnior, falecido em março deste ano.

As investigações tiveram início após denúncia feita pelo próprio Governo de Mato Grosso, com base em auditorias da Controladoria Geral do Estado (CGE), que apontaram poços fantasmas, obras mal executadas e perfurações em locais privados e urbanos — em vez das comunidades rurais previstas nos contratos.

A Justiça autorizou 30 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra, além do bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados.

Foram sequestrados 49 imóveis e 79 veículos, além da imposição de medidas como o afastamento de cargos públicos, quebra de sigilos e proibição de novos contratos com o Estado.

Ao todo, são investigadas 24 pessoas físicas, entre elas 16 servidores ou ex-servidores, e seis empresas.

A operação envolve 120 policiais civis e é considerada uma das maiores ações contra desvio de recursos públicos em Mato Grosso nos últimos anos. As atribuições da Metamat serão absorvidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, após decisão do governo pela extinção da estatal em 2024.

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