Da Redação
A Bronca Popular
Zezé Di Camargo ultrapassou todos os limites ao atacar, de forma agressiva, misógina e preconceituosa, as filhas do saudoso Silvio Santos por um ato absolutamente normal em qualquer sociedade plural, democrática e civilizada: convidar autoridades de diferentes matizes ideológicos para o lançamento do SBT News.
Ao acusá-las de “prostituir” a emissora, o cantor não apenas desrespeitou mulheres que hoje comandam um dos maiores grupos de comunicação do país, como também revelou uma visão atrasada, autoritária e seletiva de moralidade.
A hipocrisia salta aos olhos. Zezé Di Camargo é um dos artistas que mais recebem dinheiro público no Brasil, inclusive verbas federais da gestão Lula, sem jamais demonstrar qualquer constrangimento.
Em cidades pequenas, seus cachês chegam a R$ 500 mil, valores que rivalizam — ou superam — investimentos em saúde, assistência social e meio ambiente. Nesses casos, o cantor não vê “prostituição”, não vê problema, não reclama.
A moral de Zezé parece variar conforme o palco. Quando é para atacar mulheres que exercem poder e dialogam com a diversidade política, ele vocifera. Quando é para embolsar recursos públicos, inclusive de governos que critica, o silêncio é absoluto.
No fim, sobra arrogância, machismo e incoerência — e falta exatamente o que ele tenta posar: autoridade moral.











