Da Redação
Blog Edição MT

Sob o véu do “direito de propriedade”, um coro oportunista tenta defender o indefensável: o desmatamento ilegal e as queimadas criminosas que destroem a Amazônia e o Pantanal.
A reação inflamada de setores que atuam à margem da lei escancara não um compromisso com a produção sustentável, mas a tentativa cínica de blindar criminosos ambientais e jogar no lixo anos de esforço de produtores sérios que respeitam a legislação.
A grita contra a decisão do STF, que autoriza a desapropriação de imóveis envolvidos em crimes ambientais após a comprovação de dolo, é pura demagogia.
O que os indignados querem, na prática, é legitimar a sanha destruidora de quem transforma o Brasil em vilão ambiental global. A continuar assim, o agro legal – que planta, preserva e alimenta – pagará a conta suja da minoria ilegal com sanções, barreiras comerciais e boicotes internacionais às commodities brasileiras.
É hora de separar o joio do trigo.
Proteger criminosos ambientais em nome da propriedade privada é como dar abrigo a ladrão alegando defesa da moradia.
A decisão do STF, baseada na Constituição, é clara: quem destrói de forma dolosa e reiterada, deve perder o privilégio de explorar a terra. E ponto. O Brasil precisa escolher de que lado está – se do agro que respeita ou do crime que consome nossas florestas e nossa credibilidade.