Da Redação
A Bronca Popular
Na última quinta-feira (28), a Justiça concedeu liberdade provisória ao vigia R.E.F.R., acusado de dopar e estuprar sua própria filha, uma criança de apenas oito anos, em Peixoto de Azevedo.
A soltura ocorreu cerca de 24 horas após sua prisão, causando revolta e indignação na comunidade local.
A decisão de liberar o acusado foi confirmada pela defesa na manhã desta sexta-feira (29), alegando que não havia requisitos legais para mantê-lo preso. O Ministério Público Estadual também se manifestou a favor da soltura.
Devido à idade da vítima, o inquérito corre sob sigilo.
O homem teve sua prisão preventiva decretada após a Polícia Civil investigar o crime de estupro de vulnerável praticado contra a filha. De acordo com o inquérito, o pai teria ministrado um comprimido para que a criança dormisse e, em seguida, abusou sexualmente dela.
O crime teria ocorrido durante as férias escolares, entre os dias 3 e 24 de julho, quando a vítima foi levada pelo pai para uma fazenda na zona rural do município, onde ele trabalhava como segurança.
Segundo informações da polícia, a criança já havia sofrido abusos sexuais anteriores por parte do pai, que a ameaçava para evitar que ela denunciasse os crimes. Exames periciais constataram vestígios de conjunção carnal anterior aos fatos ocorridos em julho.
A investigação teve início após denúncia da escola frequentada pela menor. Uma professora percebeu uma mudança no comportamento da criança, que demonstrou relutância em entrar de férias, provavelmente devido ao período que passaria com o pai.
O pai foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável majorado, considerando o vínculo familiar com a vítima, com pena que pode variar de 12 a 22 anos de prisão. A decisão de sua liberdade provisória tem gerado intensa discussão e preocupação na comunidade, que exige justiça para a criança vítima de abuso sexual.