Da Redação
A Bronca Popular
A empresa LGI Médicos Ltda, contratada pela prefeitura de Tangará da Serra para administrar o Centro Cirúrgico do Hospital Municipal, foi alvo de operação policial, na última sexta-feira (24). O dono da empresa, Luis Gustavo Ivoglo, está impedido de celebrar contrato de prestação de serviços com o poder público. A justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens no importe de R$ 35 milhões, no bojo da 2º fase da Operação Espelho, para ressarcir o erário público. Apartamentos, lotes em condominios e carros de luxo foram sequestrados pela justiça.
O contrato firmado pela Saúde de Tangará da Serra com a LGI deve ser rescindido.
A ala de UTI do Hospital Municipal é gerenciada pela Organização Goiana de Terapia Intensiva LTDA, que também é investigada pela polícia.
Relembre
A Bronca Popular foi o único veículo de comunicação de Tangará da Serra que alertou sobre a inconveniência de se contratar uma empresa envolvida em operações policiais e suspeita de formação de cartel para fraudar licitações na sáude público e assim abocanhar milionários contratos no Governo do Estado e em diversas prefeituras de Mato Grosso.
Leia ou releia algumas matérias exclusivas deste site.
Em posto do dia 14 de fevereiro, reportagem com o título empresa vencedora de licitação da saúde é voraz como raposa. A matéria grande repercussão, mas nenhum efeito prático. Na mesma data, outra reportagem deste site alertou que empresa investigada pela CPI da Covid-19 no Senado será gestora de UTI em Tangará da Serra.
Já no dia 15 de fevereiro, outra reportagem deste site destacou: Na mira da justiça, empresa de ex-candidato a deputado deve administrar UTI de Tangará da Serra. Apesar de seu histórico de envolvimento em casos nebulosos e sob investigação policial, a empresa LGI Médicos Ltda foi contratada pela secretaria de Saúde de Tangará da Serra para gerenciar o Centro Cirúrgico e a UTI do Hospital Municipal.
Operação Espelho
Carros de luxo, terrenos em condominios e fazendas adquiridos pelos investigados foram sequestrados por ordem judicial para reparar danos de mais de R$ 35 milhões ao erário público
Na última sexta-feira (24) a Polícia Civil cumpriu ordens judiciais e sequestrou carros de luxo e imóveis avaliados em R$ 35 milhões de investigados por um esquema de fraudes e desvio de valores de empresas envolvidas na prestação de serviços médicos em hospitais de Mato Grosso. As buscas e apreensões fazem parte da segunda fase da Operação Espelho e foram cumpridas em seis municípios do estado.
As ordens judiciais também incluem a proibição de novas contratações e da suspensão de contratos e pagamentos em vigência. As apreensões, sequestro e bloqueios foram cumpridos pela polícia em Alta Floretsa, Colíder, Cuiabá, Peixoto de Azevedo, Várzea Grande e Sinop.
Tangará da Serra não aparece no âmbito da operação Espelho porque o contrato com a empresa alvo de investigação policial é recente, mas certamente será incluída na lista de orgãos públicos eventualmente prejudicados pelo suposto cartel liderado pelos denunciados pelo MPF.
Outro lado
A reportagem não conseguiu falar com o prefeito Vander Masson, que se encontra a caminho de Brasília, onde participa da Marcha dos Prefeitos. O secretário de Saúde, Wellington Bezerra, afirmou que vai se reunir com o jurídico da pasta para se inteirar sobre a situação.
NR - Essa matéria foi atualizada e terá desdobramente em edições futuras