Da Redação
A Bronca Popular
Ao longo de 32 anos de Congresso Nacional, Wellington Fagundes (PL) nunca foi homem de ideologia — apenas de conveniência.
Sob Lula e Dilma, Fagundes comandou o DNIT em Mato Grosso como feudo político, beneficiando aliados e empreiteiras amigas.
Quando Michel Temer precisou, lá estava ele, fiel ao poder de plantão.
Mas bastou Bolsonaro ascender para o veterano senador mudar o figurino: agora se declara “de direita desde menino”.
Na prática, continua o mesmo expoente do Centrão fisiológico, afeito ao jogo de bastidores e ao velho jeitinho.
O discurso patriótico soa ensaiado — e o eleitor, calejado, já aprendeu a identificar os disfarces. Entre o vermelho e o verde-amarelo, Fagundes segue sendo uma melancia política: verde por fora, vermelho por dentro.
Agora, o camaleão sonha em ser governador. Falta combinar com o eleitor.











