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POLÍTICA Segunda-feira, 21 de Julho de 2025, 14:47 - A | A

21 de Julho de 2025, 14h:47 - A | A

POLÍTICA / EDUCAÇÃO EM RUÍNAS

Abílio declara guerra aos professores

Prefeito culpa docentes por fracasso no IDEB e ameaça com punições

Da Redação
A Bronca Popular



O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), parece empenhado em firmar seu nome na história como o maior inimigo da educação pública da capital.

Ao culpar professores pelo baixo desempenho dos alunos no IDEB e ameaçar com processos administrativos quem supostamente “faz corpo mole”, o gestor revela mais do que autoritarismo: expõe ignorância, má-fé e total despreparo para pensar educação em sua forma plena, crítica e transformadora.

Em vez de reconhecer a responsabilidade da própria gestão pela precarização do ensino — com escolas sucateadas, falta de material didático, ausência de formação continuada e abandono pedagógico — Abílio terceiriza a culpa.

Atacar os professores é uma estratégia covarde, usada por quem é incapaz de enfrentar o verdadeiro problema: a falência administrativa da educação municipal.

O prefeito ignora que o aprendizado é fruto de múltiplos fatores, muitos deles alheios à sala de aula: condições socioeconômicas, contexto familiar, políticas públicas efetivas.

Fingir que a culpa é exclusiva dos docentes é não só injusto — é desumano.

São justamente esses profissionais que, com salários defasados e estrutura mínima, sustentam a rede pública com dedicação, criatividade e resistência.

Ao insinuar que professores “brincam” em sala de aula, o prefeito rebaixa o valor do lúdico como ferramenta pedagógica, demonstra desconhecimento da ciência da educação e propaga desinformação. É o negacionismo educacional em sua forma mais crua.

Sua proposta de terceirizar parte da rede de ensino é a prova definitiva do descompromisso. Transferir a gestão para a iniciativa privada não é solução — é fuga. É admitir que não sabe, não quer e não consegue governar para todos.

Com Abílio, Cuiabá retrocede à escuridão. Sua gestão é marcada pela perseguição, desvalorização e desmonte. Um retorno ao obscurantismo em que educar não é libertar, é punir. E, nesse cenário, a ciência e a educação são as primeiras vítimas.

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