Da Redação
A polícia suíça prendeu várias pessoas após o uso de uma controversa cápsula de suicídio, chamada "Sarco", projetada para permitir que o ocupante tire a própria vida. O incidente ocorreu na segunda-feira (23), em uma floresta no município de Merishausen, próximo à fronteira com a Alemanha. A informação foi divulgada pela agência Reuters, com base em autoridades locais em Zurique, Suíça.
Segundo a polícia do cantão de Schaffhausen, promotores abriram investigações criminais contra várias pessoas por “induzir, auxiliar e instigar suicídio”. As detenções incluem Florian Willet, copresidente do grupo The Last Resort, responsável pelo desenvolvimento da cápsula, além de um jornalista holandês e dois suíços.
De acordo com o porta-voz do The Last Resort, a vítima era uma americana de 64 anos com graves problemas no sistema imunológico. Willet, que estava presente no momento do suicídio, descreveu o ato como “pacífico, rápido e digno”. Antes do ocorrido, a mulher havia passado por avaliações psiquiátricas.
A "Sarco", uma invenção do médico australiano Philip Nitschke, utiliza gás nitrogênio para causar a morte ao reduzir os níveis de oxigênio no interior da cápsula. Embora o suicídio assistido seja legal na Suíça, o uso do "Sarco" gerou grande polêmica e debate sobre sua compatibilidade com as leis de segurança de produtos no país.