Da Redação
A Bronca Popular
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protagonizou um dos momentos mais constrangedores da sabatina do procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta quarta-feira (12), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Com tom agressivo e linguagem de baixo nível, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro fez ataques pessoais ao chefe do Ministério Público Federal, reconhecendo agir de forma “pessoal”.
“O senhor aceitou passivamente o Ministério Público Federal ser esculhambado. Aí depois, dava aquela vasilinada”, disparou Flávio, arrancando expressões de espanto até de senadores da base conservadora.
A fala provocou reação imediata do presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), que considerou o episódio um “constrangimento” e cobrou respeito.
“Em mais de 30 anos de vida pública, nunca fiz ataques pessoais nem usei palavras que ferissem o decoro parlamentar. Aqui, o debate precisa ser ético e respeitoso”, rebateu Otto.
O senador Jayme Campos (UP-MT) também repreendeu Flávio Bolsonaro, classificando sua postura como “leviana” e alertando para o desvio de foco da sabatina.
“Essa reunião é para avaliar uma autoridade, não para transformar a CCJ em arena de ofensas pessoais”, destacou Campos.
O episódio expôs o isolamento de Flávio Bolsonaro, que perdeu apoio até entre aliados de direita, e evidenciou o desgaste da retórica agressiva herdada do bolsonarismo em um espaço que exige serenidade e institucionalidade.










