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POLÍTICA Quinta-feira, 07 de Março de 2024, 18:20 - A | A

07 de Março de 2024, 18h:20 - A | A

POLÍTICA / DESCASO NA SAÚDE INFANTIL

Mãe denuncia falta de assistência para crianças especiais em Campo Verde

Crianças especiais são relegadas ao descaso, enquanto Instituto São Lucas abocanha R$ 2,4 milhões por mês dos cofres do município

Da Redação
A Bronca Popular



Vanderly Santos de Melo, de 34 anos, solteira e mãe de três filhos, um deles com 2 anos de idade, é considerada uma caso atípico, sendo portadora de deficiência PCD.

Ela é surda e portadora da síndrome de Waander Burg, uma condição genética rara.

Sua filha já recebe acompanhamento de especialistas, incluindo otorrinolaringologista, fonoaudiólogo (e utiliza aparelho auditivo) e geneticista. Entretanto, necessita também de uma fonoaudióloga especializada em surdez para a linguagem.

Em busca desse especialista para sua filha, Vanderly recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE) e à secretaria de Saúde de Campo Verde, mas ainda não recebeu resposta.

A criança também precisa de um neuropediatra, especialista que não está disponível na rede municipal.

A profissional que prestava serviço para o Consórcio Intermunicipal de Saúde Sul de Mato Grosso (CORESS) pediu desligamento.

Além disso, necessita de acompanhamento de um gastropediatra, já que é intolerante a corantes e derivados de leite.

"Meu caso é conhecido desde a gestação; foi uma gestação de alto risco, com pré-eclâmpsia. Após o parto, tive eclâmpsia. Descobri que minha filha era surda poucos dias após o nascimento, pois não passou no teste da orelhinha', relata a mãe.

Vanderly cuida de seus três filhos e também orienta, dentro de suas possibilidades, outras mães atípicas, cujos filhos são portadores de transtorno ou síndrome.

Todas enfrentam o mesmo problema de falta de assistência especializada para seus filhos.

Um caso chocante é o de uma mãe cujo filho é portador do transtorno do espectro autista (TEA).

Ela buscou tratamento especializado conforme recomendado por um neuropediatra, mas recebeu uma resposta negativa da prefeitura.

Recorreu então ao MPE, que moveu uma ação e o juiz determinou que a prefeitura custeasse o tratamento em uma clínica particular, já que nem a secretaria de Saúde nem o CORESS dispõem de especialistas.

Houve bloqueio de recursos na conta da prefeitura, mas até agora o município não cumpriu a determinação judicial.

Essa mãe também precisa de uma fonoaudióloga especializada no atendimento a crianças com TEA, terapeuta ocupacional e psicólogo.

"O prefeito Alexandre Lopes inaugura pontes, estradas, reforma prédios e realiza obras, mas negligencia a saúde, que se encontra em caos no município. Há filas no Hospital Municipal, nos postos de saúde e, principalmente, na Unidade de Reabilitação (UDR), onde não há especialistas em quantidade suficiente para atender à demanda. São mais de 130 mães de crianças especiais", afirma Vanderly.

Outra mãe, cujo filho tem três anos de idade, reclama que ainda não recebeu nenhum tipo de atendimento para seu filho.

Ela já procurou o MPE, mas não obteve ajuda ou apoio.

A espera é um tormento interminável para essa mãe.

A gestão da saúde em Campo Verde foi entregue ao Instituto São Lucas, que, segundo relatos, recebe cerca de R$ 2,4 milhões mensalmente para prestar um serviço de qualidade insatisfatória, sob o olhar omisso, complacente e, talvez, conivente do prefeito e dos vereadores.

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Dudabim 08/03/2024

Essa mulher é uma mentirosa, ela não é solteira, não paga aluguel, mora ao lado da escola uns 300 metros e mesmo assim só leva é busca os filhos de carro, sempre teve assistência da secretaria de saúde, porém a falta de alguns especialistas no estado de Mato Grosso não é culpa de Campo Verde.

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