Da Redação
Blog Edição MT
A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto acendeu o sinal vermelho no setor industrial.
Durante uma reunião emergencial nesta segunda-feira, lideranças da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidentes das federações estaduais defenderam o adiamento imediato da medida por pelo menos 90 dias.
A proposta foi apresentada à secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, que garantiu levá-la ao alto escalão do governo.
A tarifa, chamada nos bastidores de “tarifaço do maluco da Casa Branca”, pode comprometer gravemente as exportações brasileiras e atingir em cheio setores como agronegócio, mineração e metalurgia.
Empresários alertam para riscos de demissões em massa, quebra de contratos e perda de mercados estratégicos.
Apesar da mobilização da indústria, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil ainda não solicitou formalmente o adiamento nem a redução da tarifa. Pior: segundo ele, uma proposta enviada ao governo Trump em maio sequer teve resposta.
Diante do silêncio americano, o presidente Lula reagiu assinando o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, autorizando o Brasil a retaliar comercialmente os EUA. O clima é de tensão crescente. A paciência brasileira tem prazo — e ele está prestes a vencer.