Da Redação
Blog Edição MT
O Pix, o queridinho dos brasileiros, caiu na mira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Isso mesmo: o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central virou alvo de uma investigação comercial do governo americano, que acusa o Brasil de “práticas desleais” que estariam prejudicando empresas dos EUA.
Mas por que tanto ranço com o Pix? A bronca é simples: o Pix é rápido, gratuito, seguro e, principalmente, brasileiro. Com ele, milhões de pessoas passaram a transferir dinheiro em segundos, sem depender de cartões americanos, maquininhas gringas ou plataformas estrangeiras que cobravam taxas por cada operação. Resultado? As gigantes dos EUA, como PayPal e outras fintechs, perderam espaço e lucros por aqui.
Só que por trás dessa treta tem dedo brasileiro: Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo sempre bajularam Trump, abriram mão da soberania e deixaram brecha pro ataque vir com força agora.
No documento divulgado nesta semana, o governo americano alega que o Brasil estaria favorecendo o Pix e dificultando a vida das empresas estrangeiras. Diz também que o Brasil restringe o envio de dados para fora do país, o que atrapalha o modelo de negócios das big techs. E até a famosa rua 25 de Março entrou na história, sendo acusada de “pirataria”.
Além do Pix, Trump reclama de tarifas sobre o etanol americano, fiscalização ambiental, pirataria e até do desmatamento na Amazônia. Mas tudo isso soa mais como desculpa para justificar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado na última semana.
O que Trump talvez não entenda é que o Pix virou patrimônio nacional. Mexeu com o Pix, mexeu com o bolso — e com o orgulho — do brasileiro.