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CIDADES Segunda-feira, 02 de Outubro de 2023, 06:36 - A | A

02 de Outubro de 2023, 06h:36 - A | A

CIDADES / PESCA PROIBIDA

Pesca é proibida a partir de hoje em Mato Grosso: medida visa preservar as espécies de peixes

Medidas necessária para a sustentabilidade dos recursos pesqueiros em Mato Grosso

Da Redação



A partir desta segunda-feira (2), entra em vigor a proibição da pesca nos rios de Mato Grosso, marcando o início do período conhecido como piracema, que se estende até o dia 1º de fevereiro de 2024.

Essa medida é essencial para a preservação das espécies de peixes, que estão em fase de reprodução e migração nesse período crítico.

No estado, mais de 9.500 pescadores possuem licença para pesca ativa, e a proibição da pesca durante a piracema é uma ação importante para garantir a sustentabilidade das populações de peixes nos rios de Mato Grosso.

A piracema deste ano traz uma preocupação adicional para a maioria dos pescadores, já que, no próximo ano, entra em vigor a Lei da Cota Zero. Essa lei foi proposta pelo governo estadual e aprovada pela Assembleia Legislativa, e estabelece que será permitido apenas o pesque e solte a partir de 2024, com a proibição da captura de peixes nos rios de Mato Grosso.

Essa medida visa proteger as espécies de peixes e garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros no estado a longo prazo. No entanto, representa um desafio para os pescadores, que terão que se adaptar a essa nova realidade.

O Conselho Estadual de Pesca (Cepesca) decidiu manter o mesmo período da piracema dos anos anteriores em todas as bacias hidrográficas do estado. Nas unidades de conservação da categoria de proteção integral, a pesca é proibida durante o ano todo.

A palavra "piracema" significa "a subida dos peixes" e se refere ao período em que os cardumes nadam contra a correnteza dos rios para realizar a desova. É uma fase crucial para a reprodução das espécies e, por isso, a pesca nesse período é proibida para garantir que os peixes possam completar seu ciclo reprodutivo.

Mato Grosso abriga 68 áreas protegidas sob jurisdição da União, do Estado e dos municípios, de acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Essas áreas incluem rios como o Paraguai e o Juruena, que possuem trechos em regiões de proteção.

Por exemplo, no caso do Juruena, há restrições de pesca no trecho que corta o Parque Nacional do Juruena e o Parque Estadual Igarapés do Juruena.

No Rio Paraguai, os pescadores devem estar cientes das áreas do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e do Parque Estadual do Guirá. Além disso, a pesca é proibida no trecho do Rio das Mortes que cruza o Refúgio da Vida Silvestre Quelônios do Araguaia.

As unidades de conservação da categoria proteção integral têm como objetivo principal a proteção da biodiversidade. Por isso, as regras são mais restritivas, permitindo apenas o uso indireto dos recursos naturais, como recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental.

A piracema e a Lei da Cota Zero são medidas importantes para garantir a preservação das espécies de peixes e a saúde dos ecossistemas aquáticos em Mato Grosso.

A conscientização e o cumprimento dessas regulamentações são essenciais para a sustentabilidade a longo prazo da pesca no estado.

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