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POLÍCIA Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2022, 14:00 - A | A

Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2022, 14h:00 - A | A

CRIME DE PISTOLAGEM

Justiça marca data para interrogar vereador de Juara acusado de matar empresário em Cuiabá por dinheiro

Makito e testemunhas serão ouvidas em audiência no dia 1º de fevereiro; vereador deve ser julgado pelo Tribunal do Júri Popular

Da Redação
A Bronca Popular

Um crime brutal ocorrido no dia 13 de março de 2013, em uma madeireira localizada no CPA III, em Cuiabá, ganhou as páginas policiais e chocou a opinião pública. Naquela quarta-feira de sol causticante, por volta das 12h, o empresário Jary Santana de Abreu trabalhava normalmente, quando de surpresa adentra ao estabelecimento um perigo pistoleiro e, sem possibilitar a menor reação da vítima, efetua vários disparos.  

Cravejado de bala, o corpo de Jary caiu inerte, sem vida. A Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) descobriu que o assassinato do empresário estava ligado a crime de pistolagem. Identificar o executor do barbado crime foi fácil, bem como também foi fácil descobrir quem era o mandante, contratante e a motivação para o revoltante assassinato de Jary Santana.  

Antes de ter a vida eliminada por disparos de arma de fogo, Jary já havia sofrido outra tentativa de homicídio.

Dois bandidos foram identificados, sendo eles o individuo apelidado de “Gordo” e o pistoleiro Adão Joasir Fontoura, que foi preso e condenado pela morte do médico radiologista César Santos Brambilla, em 2002. Um crime que teve enorme repercussão na imprensa.  

Os investigadores da DHPP comprovaram que o pistoleiro de Juara, Eraldo Francisco Alves, vulgo "Marquito", teria sido o executor do assassinato de Jary. O serviço teria sido contratado pelo mercenário Adão Joasir Fontoura, que por sua vez trabalhava para o fazendeiro Hildebrando José Pais dos Santos, segundo conta do Inquérito Policial e da Denuncia do Ministério Público Estadual.

Oito anos depois do fato, Marquito ainda não foi interrogado pela justiça. Sua eficiente defesa técnica sempre consegue retardar o andamento do processo e postergar a audiência de instrução para ouvir tanto o acusado quanto as testemunhas arroladas.

Sem condenação, Marquito é tecnicamente inocente e nessa condição foi eleito vereador em 2016 e reeleito em 2020. Parte do eleitorado de Juara acredita de fato na inocência do vereador, é dependente dele ou compactua com a impunidade. Fica a dúvida!

Essa história, no entanto, está prestes a render mais um capítulo nessa interminável história de impunidade e de escárnio a justiça.

O juiz da 12º Vara Criminal de Cuiabá marcou audiência de instrução para o dia 1º de fevereiro de 2022. Se pronunciado, Marquito vai a Júri Popular.  E pela robustez das provas e consistência da acusação do MP, essa é a hipotese mais provavel. 

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