Edésio Adorno
Tangará da Serra
A Polícia Federal deflagrou a operação Circumitus, na última quarta-feira (21), em Campo Novo do Parecis e Cuiabá, para combater suposta fraude e desvio de recursos públicos no Campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) em Campo Novo do Parecis.
Durante a ação policial, mandados de busca e apreensão com ordem judicial foram cumpridos na sede do instituto e na residência da servidora licenciada Samila Dalva de Jesus e Silva, que exercia o cargo de Diretora de Administração e Planejamento do instituto. Denúncias anônimas foram repassadas aos órgãos de controle externo dando conta de supostos desvios nas áreas de educação e infraestrutura.
Devido a efervescência do processo eleitoral interno da rede IFMT, que em dezembro próximo escolhe os novos diretores dos Campus e o reitor das 19 unidades de Mato Grosso, Samila, que tem forte liderança no Campus de Campo Novo do Parecis e pode influenciar no resultado da eleição, foi jogada por adversários políticos ou por servidores insatisfeitos com sua atuação, por meio de denúncia anônima completamente descabida, no olho do furacão.
Samila Dalva também contrariou os interesses políticos do reizinho de Campo Novo do Parecis, que se esforça para continuar no domínio do trono. Filiada ao Patriota, ela pleiteia uma cadeira na Câmara de Vereadores.
Por contrariar interesses de certas figurinhas no IFMT e por não rezar na cartilha do ‘soberano’ do Chapadão dos Parecis, a servidora pública foi vítima de armação política e se tornou o alvo preferido de um determinado site chapa branca da cidade. Nossa reportagem conversou com Samila Dalva. A versão dela sobre os fatos será publicada nas próximas edições.
DEFESA TÉCNICA
Por meio de nota, o advogado Artur Barros Freitas Osti, que patrocina a defesa da servidora Samila Dalva, se manifestou, nesta segunda-feira. Ele refuta todas as ilações, destaca a conduta retilinea de sua cliente e resslata que Dalva está sendo vitima de perseguição política e de acusações caluniosas lançadas de forma anonima.
Lei na integra a nota
Em razão das notícias veiculadas na imprensa local (21/10/2020) quanto ao cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor de Samila Dalva de Jesus e Silva, servidora licenciada do cargo de Diretora de Administração e Planejamento do IFMT – Campus Campo Novo do Parecis, em respeito à verdade dos fatos, sua defesa constituída esclarece o seguinte:
1. Trata-se de investigação iniciada a partir de denúncia anônima, formulada justamente no período que antecede o pleito eleitoral, quando Samila, após mais de 10 (dez) anos de serviços prestados no ambiente acadêmico, decidiu submeter seu nome ao escrutínio público.
2. Tão logo tomou conhecimento do mandado de busca e apreensão, Samila disponibilizou à autoridade policial amplo acesso a todo e qualquer documento que estivesse no endereço alvo do respectivo cumprimento.
3. Tendo obtido acesso ao conteúdo da investigação, Samila já apresentou pedido nos autos do Processo para que seja ouvida pela autoridade policial, ocasião em que esclarecerá toda e qualquer suspeita que tenha pairado sobre sua conduta em razão das denúncias formuladas por cidadão que preferiu se manter no anonimato.
4. É bom que se destaque que, em desfavor de Samila, não pesa qualquer acusação de enriquecimento ilícito em detrimento do erário. Tanto assim o é que não foi alvo de qualquer ordem de sequestro ou bloqueio de bens e valores.
5. Em razão da atividade política, Samila encontra-se afastada do cargo até então ocupado junto ao IFMT e, para que não se alegue qualquer intento contra a conveniência da instrução do Inquérito, assim permanecerá até que a verdade dos fatos seja desvelada mediante a contradita da injusta acusação formulada por denunciante anônimo.