Da Redação
A Bronca Popular
Desde que o Pix revolucionou os meios de pagamento no Brasil, movimentando mais de R$ 60 trilhões entre 2020 e 2024, os olhos do mundo se voltaram para o sistema gratuito, instantâneo e acessível criado pelo Banco Central.
Mas essa revolução, elogiada por especialistas e adotada por milhões de brasileiros, acendeu um alerta vermelho nos bastidores do poder norte-americano — especialmente entre as big techs e o setor financeiro dos EUA.
A recente decisão do ex-presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos não foi apenas um ato de protecionismo econômico e muito menos de amor ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para muitos analistas, trata-se também de uma retaliação disfarçada ao sucesso do Pix, que ameaça o domínio global das gigantes americanas de pagamento.
Trump, apoiado por lobbies bilionários, vê o Pix como um “mau exemplo” — uma tecnologia pública, gratuita, universal e que exclui empresas como Visa, Mastercard, American Express, Discover, PayPal, Apple Pay, Google Pay, Zelle, Venmo, Stripe, Meta Pay e Square do maior mercado da América Latina.
Basta imaginar: se os brasileiros pagassem apenas 0,5% de taxa sobre os mais de R$ 60 trilhões já transacionados, seriam R$ 300 bilhões desviados dos nossos bolsos direto para as corporações dos EUA.
É esse dinheiro que Trump quer garantir para os seus. Por isso, mais do que proteger empregos americanos, a taxação é uma tentativa clara de sabotar um modelo que funciona fora do controle do capital financeiro internacional.
O que está em jogo não é só o comércio entre nações, mas a soberania digital de um país que ousou criar um sistema financeiro moderno sem passar o chapéu para Washington.
Eles não querem concorrer com o Pix. Eles querem roubá-lo. E agora, estão cobrando caro por isso.