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VARIEDADES Terça-feira, 26 de Setembro de 2023, 15:31 - A | A

26 de Setembro de 2023, 15h:31 - A | A

VARIEDADES / CALOR EXTREMO

Onda de calor no Brasil impacta no consumo e no fornecimento de energia em Mato Grosso

Energisa enfrenta desafios sem precedentes devido ao calor extremo em Mato Grosso: Força-tarefa para manter o fornecimento de energia

Da Redação



A série histórica de calor que assola o Brasil tem gerado impactos significativos no consumo e no fornecimento de energia elétrica em várias regiões do país. Em Mato Grosso, um dos estados mais afetados pela alta temperatura, agosto registrou a maior carga de energia já medida em 23 anos, atingindo o pico de 2.2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano, segundo dados da Energisa.

Essa situação é resultado direto do fenômeno El Niño, que tem influenciado no clima extremo, provocando altas temperaturas e aumentando a demanda por energia elétrica. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em 2020, quando o estado enfrentou a maior seca em 60 anos e uma onda de queimadas que devastou o Pantanal, o maior pico de consumo de energia foi registrado em outubro, com 2.0 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano.

"Já está claro que em setembro e outubro de 2023 nós vamos ter novos recordes de demanda por energia. E isso está diretamente ligado às altas temperaturas. Em junho, nós montamos um comitê de crise por conta do El Niño e temos alertado a sociedade sobre esse fenômeno. Aqui dentro estamos fazendo reuniões diárias de crise para mapear pontos sensíveis de abastecimento no estado'', destacou o gerente de operações da Energisa, José Nelson Quadrado Júnior.

A Energisa assegura que está preparada para enfrentar esse calor extremo, tendo investido milhões para tornar o sistema de distribuição mais robusto contra picos de consumo. No entanto, a situação atual é desafiadora e algumas falhas pontuais têm ocorrido, principalmente quando transformadores pequenos não conseguem suportar a carga severa causada pelo calor extremo.

Uma das principais frentes de trabalho da empresa é a troca de transformadores de distribuição, que atendem ruas e comunidades. Desde agosto, quando a onda de calor começou, já foram substituídos 180 equipamentos, um aumento de 74% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O calor é a principal causa dos problemas, com temperaturas extremas registradas em diversas partes do estado.

Na noite de segunda-feira (25), Cuiabá, a capital de Mato Grosso, registrou 36°C às 19h, e 21 transformadores pararam de funcionar devido ao pico de carga. Equipes estão trabalhando incansavelmente para realizar a troca dos equipamentos, atuando 24 horas por dia, sete dias por semana, até mesmo nos horários de pico de calor.

O fornecimento de energia elétrica é essencial para a qualidade de vida das pessoas, especialmente em momentos de altas temperaturas. A Energisa está comprometida em garantir que a população de Mato Grosso tenha acesso à energia de forma confiável, mesmo diante dos desafios apresentados pelo clima extremo.

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