Da Redação
Blog Edição MT
A ofensiva da oposição contra Jorge Messias, advogado-geral da União e indicado do presidente Lula ao STF, ganhou novos contornos com a decisão da CPMI do INSS de votar, nesta quinta-feira (27/11), sua possível convocação.
O movimento, revelado pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), tem menos cheiro de investigação e mais aroma de oportunismo político em plena temporada de disputas em Brasília.
O alvo agora é Messias, acusado por deputados bolsonaristas de suposta “proteção” a pedidos de bloqueio judicial ligados ao Sindnapi-FS, braço da Força Sindical.
Nomes como Carlos Jordy (PL-RJ) e Evair de Melo (PP-ES) exigem que o AGU seja “sabatinado” pela comissão, numa tentativa de transformar a CPMI em tribunal paralelo — justamente no momento em que seu nome circula como potencial indicado ao Supremo.
No Senado, o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), elevou o tom e acusou a AGU de “prevaricação”, prometendo recorrer a órgãos de controle. O discurso inflamado reforça o caráter político da cobrança: até aqui, nenhum elemento concreto ligando Messias às irregularidades investigadas pela Operação Sem Desconto foi exibido.
Em sua postagem, Carlos Viana afirmou que a votação permitirá que “a verdade apareça”. Mas, para analistas, o que aparece com mais nitidez é uma estratégia de desgaste a figuras-chave do governo, usando a CPMI como vitrine.
A depender do resultado, Messias poderá ser convocado a depor — não para lançar luz sobre o INSS, mas para servir de alvo na guerra política que se acirra à medida que 2026 se aproxima.











