Edésio Adorno
Tangará da Serra
O trabalhador Marcos Gonçalves dos Santos vendeu um sítio na gleba Pompeia, complexo Pecuama, e comprou um lote de terceiro que havia sido adquirido da Imobiliária Tatão, no Jardim Balneário II, em Tangará da Serra, onde pretendia construir uma casa para abrigar sua família e exercer o ofício de cabeleireiro.
Marcos cumpriu todas as exigências legais. Mandou elaborar o projeto da construção, tem em mãos o contrato de compra e venda e paga com regularidade o IPTU. Ele alega, no entanto, que não conseguiu o Alvará da Construção e nem a interligação de seu imóvel a rede de água do Samae.
Mesmo sem o Alvará de Construção, por não ter onde morar e nem condições de pagar aluguel, Gonçalves decidiu executar a obra. Sem água do Samae, ele teve que transportar água de um sítio no Bezerro Velho para tocar a obra. “Muita dificuldade, sofrimento e despesas desnecessárias, tudo por causa da burocracia da prefeitura”, desabafa Marcos.
Marcos diz que não consegue o Alvará de Construção e nem a instalação de água porque o imóvel faz parte do espolio de Tatão e está em processo de inventário. Essa situação é a mesma de muitos bairros de Tangará da Serra, inclusive boa parte das moradias da Vila Horizonte
“Minha casa está coberta, já fiz o contra piso e estou começando o reboco, faço tudo levando água de uma chácara que tenho no bezerro vermelho”, concluiu Marcos