EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O jornalista responsável pelo site Tangará em Foco, Alexandre Rolim, registrou, no início da noite deste domingo, um Boletim de Ocorrência Policial para preservar direitos e se resguardar de importunações e ameaças que começaram logo no período da manhã, quando noticiou a prisão em flagrante do indivíduo Renan Aparecido Ribeiro Andrade, sob a suspeita de assassinar Victor com um tiro no peito.
“As ameaças começaram ainda pela manhã deste domingo. Primeiro, através de mensagens intimidadoras recebidas via Messenger no facebook e por e-mail do comercial do tangara em foco, onde possíveis parentes de Renan Andrade Ribeiro, acusado de homicídio contra Victor Eduardo da Silva, 17 anos, mandaram mensagens intimidando e ameaçando o repórter com texto e áudios”, relatou o jornalista no BO.
Em outro trecho do documento policial, Rolim conta que ao sair do supermercado Big Master, da Rua 01, por volta das 20h deste domingo, pegou sua moto e acessou a rua, que não tem iluminação adequada, quando foi fechado abruptamente por um carro branco, possivelmente um Corsa ou um Ford Ka, que parou na frente de sua motocicleta.
No interior do veículo, “um homem, sozinho no carro, disse: você vai tirar a foto do Renan ou vai sofrer as consequências. Você não sabe com quem tá mexendo”.
Após proferir as ameaças, o carro saiu pela Rua 20, em direção ao centro da cidade. “Como a rua não tem iluminação pública, não deu para ver o cidadão, nem a placa do carro”, acrescenta o jornalista. Amedrontado com a situação, Rolim compareceu ao CISC para registrar um BO e tornar as autoridades policiais cientes do caso. Foi orientado a retornar para casa e registrar o BO pela Delegacia Virtual.
O jornalista suspeita que as ameaças sejam em razão de matéria publicada sobre o assassinato do jovem Victor, na qual o nome de Renan Andrade Ribeiro aparece como suspeito de matar um adolescente na Avenida Brasil, na noite de sexta-feira, em Tangará da Serra.
Nota da redação – a denúncia registrada na Delegacia Virtual pelo jornalista Alexandre Rolim é grave e precisa ser investigada com firmeza pelas autoridades. Não se trata de mais uma ameaça à liberdade de expressão.
O indivíduo que vomitou a já regurgitada expressão “você não sabe com quem tá mexendo” nem precisa se identificar, de antemão é possível saber que se trata de um abusado, que deve ser enquadrado pelas leis, antes que coloque a integridade física ou a vida do repórter em risco.
Nós, aqui da Bronca Popular, manifestamos solidariedade e apoio ao jornalista Rolim. Nos unimos a ele e a todos os profissionais da imprensa para pedir que as policiais civil e militar acompanhem esse caso de perto. É o que esperamos.
