Domingo, 05 de Maio de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 04 de Abril de 2024, 14:45 - A | A

Quinta-feira, 04 de Abril de 2024, 14h:45 - A | A

ABUSO DE AUTORIDADE

Servidora de Tangará da Serra denuncia policial por tapa no rosto durante abordagem

Denúncia de agressão e abuso de autoridade pela PM será investigada pela corregedoria da corporação

Da Redação
A Bronca Popular

kelyane.jpg

 

Uma intervenção da Polícia Militar na residência da servidora pública Kellyanne Gonçalves resultou em agressões durante a madrugada desta quinta-feira (4), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.

Um vídeo registrou o momento em que uma policial, acompanhada de outros agentes, ingressa no quintal da casa da servidora e a agride.

A PM informou que os policiais responderam a uma denúncia de som alto, solicitando que o volume fosse reduzido, porém não foram atendidos e precisaram usar "força moderada".

A filmagem mostra um dos policiais afirmando que levará a mulher à delegacia, enquanto ela se recusa. Em seguida, os agentes entram no quintal da casa, momento em que a moradora alega invasão.

Kellyanne relatou que os policiais pediram para baixar o volume do som, e embora ela tenha atendido, os agentes insistiram na abordagem, alegando irregularidades de trânsito com carros estacionados em frente à casa, acionando um guincho.

"Perguntei por que estavam chamando o guincho e ele não respondeu. Pediu reforço e, quando chegou, pedi para minhas amigas entrarem. Elas já estavam filmando. Os policiais perceberam e começaram a me bater", disse.

Na delegacia, Kellyanne e a amiga que filmou não tiveram direito a ligação, e os policiais pressionaram para apagar as imagens.

Layse Duarte, que registrou a agressão, afirmou que os policiais tomaram seu celular, a algemaram e tentaram forçá-la a desbloquear o aparelho para apagar o vídeo.

"Eles tentavam puxar meu cabelo, levantar meu rosto para desbloquear, mas eu cobria", explicou.

Ela considera que os policiais deveriam ter dado orientações sem agressão. "Foi horrível, não estávamos fazendo nada. Se o som estava alto, eles poderiam chegar e pedir para abaixar. Mas não, já começaram a desrespeitar", concluiu.

O Major da Polícia Militar, Márcio Pereira, afirmou que a equipe foi chamada para atender uma ocorrência na madrugada, onde um grupo estava consumindo bebidas alcoólicas e ouvindo som alto.

Ao abordar os moradores e pedir para baixar o som, eles teriam recebido insultos e resistência à prisão, justificando o uso moderado de força.

Pereira destacou a necessidade de investigação das imagens e que as vítimas podem buscar o Departamento de Justiça e Disciplina do Comando Regional para registrar as informações e instaurar um procedimento administrativo.

(O conteúdo desta matéria é do site FolhaMax)

O outrolado

A Associação dos Policiais Militares de Tangará da Serra (ASPPOM) entrou em contato com a reportagem para esclarecer os fatos e informar que acompanha de perto o caso.

No documento, a entidade destaca ainda reconhecer que o uso da força é sempre uma medida extrema e que deve ser utilizada com cautela. “A ASPPOM reitera seu compromisso com a ética, a transparência e a justiça, e reforça seu apoio aos policiais militares que, no cumprimento de seu dever, são constantemente expostos a situações de risco”, diz trecho da nota.    

Leia na íntegra nota de esclarecimento  

A ASPPOM - Associação dos Policiais Militares de Tangará da Serra - MT, representante dos Policiais  Militares de Tangara da Serra e região, vem a público manifestar-se sobre o episódio envolvendo uma servidora pública e policiais militares na madrugada do dia 04 de abril de 2024, em Tangará da Serra.  

A ASPPOM informa que está acompanhando de perto o caso.  

É importante ressaltar que a abordagem policial se deu em decorrência de uma ocorrência de perturbação do sossego público. A Polícia Militar foi acionada por vizinhos, inclusive alguns com problemas de saude, que se sentiam incomodados com o volume alto de som proveniente da residência da servidora.  

Ao chegarem ao local, os policiais militares constataram a veracidade da denúncia e solicitaram que o volume do som fosse abaixado.   A servidora se recusou a atender à solicitação dos policiais, o que gerou um tumulto.  

Em um determinado momento, a servidora recusou ser conduzida à Delegacia de Polícia e diante da desobediência e resistência da servidora, os policiais militares usaram da força moderada para conter a mulher e garantir o cumprimento das ordens legais.  

A Associação reconhece que o uso da força é sempre uma medida extrema e que deve ser utilizada com cautela, no entanto, no caso em questão, a força foi utilizada como último recurso.  

A ASPPOM reitera seu compromisso com a ética, a transparência e a justiça, e reforça seu apoio aos policiais militares que, no cumprimento de seu dever, são constantemente expostos a situações de risco.  

Diretoria da ASPPOM  

Tangará da Serra, MT, 04 de abril de 2024

 

Comente esta notícia

Nelmo 30/04/2024

Me parece que a denúncia partiu de uma vizinha parente de um policial militar!!!!

positivo
0
negativo
0

Wmeiser 06/04/2024

O engraçado que a PM afirma não ter sido atendida para abaixar o som e teve que usar de força, mais nas filmagens só aparece as vozes dos envolvidos, nada de som

positivo
1
negativo
0

2 comentários

1 de 1

(65) 99978.4480

[email protected]

Tangará da Serra - Tangará da Serra/MT