EDÉSIO ADORNO
Aripuanã
O potencial econômico da região noroeste de Mato Grosso está despertando o interesse de investidores do Brasil e do exterior. A cidade de Juína mantém o status de polo regional. O protagonismo político, no entanto, migrou para Aripuanã.
Assim, como Alta Floresta, no Nortão do Estado, que se tornou rota para o turismo nacional e internacional, devido a reserva do Cristalino, Aripuanã tende a atrair investimentos na área do turismo de contemplação, de lazer e de recreação. O município tem um dos mais belos conjuntos de cachoeiras do estado, a começar pelo Salto das Andorinhas, que fica praticamente dentro da cidade.
O prefeito Jonas Canarinho, um homem forjado nas lutas épicas travadas pelos heroicos desbravadores da Amazônia, conversou com o site A Bronca Popular. Ele resume as dificuldades vividas pelos pioneiros de Aripuanã, elenca os problemas enfrentados pela população e aposta no futuro. Canarinho acredita que o Brasil acaba de descobrir o noroeste do estado, seu potencial de riqueza e sua importância para a economia do País.
A empresa Nexa, antiga Votorantim, já descobriu Aripuanã. Com investimento de algo em torno de R$ 1,5 bilhão, a gigante da mineração deve gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos no pico de implantação do projeto. O comércio local já vive um momento de euforia. A rede hoteleira trabalha com taxa de 100% de ocupação. Bares, restaurantes, supermercados, lojas, farmácias e até casas de produtos agrícolas tiveram que abrir novas vagas de emprego. A economia local está em plena ebulição.
O trafego aéreo na cidade é intenso. As Companhias aéreas Asta e Two Flex fazem voos regulares para Cuiabá e garantem a integração do noroeste com outras cidades do estado. Os voos estão sempre lotados. Por enquanto, o aeroporto da cidade está preparado para receber aeronaves de pequeno porte e jatos executivos.
De acordo com o prefeito Canarinho, a Nexa trouxe de arrasto inúmeras outras empresas. Sem ufanismo, Aripuanã redescobriu sua vocação natural: é uma terra de promissão, prosperidade e de muitas oportunidades para quem quer trabalhar, investir, viver e gerar riquezas para o País. Não pense que o futuro de Aripuanã depende apenas do cobre, chumbo, zinco, ouro e da prata que serão extraídos pela Nexa. No portfólio de riqueza da cidade ainda permanece inexplorado seu potencial turístico. E mais: a região é dona de um dos maiores rebanhos bovinos do estado. A produção de grãos é outra realidade alvissareira.
O maior obstáculo ao desenvolvimento de Aripuanã, como de toda a região noroeste, se resume na falta de logística
A cafeicultura ocupa posição de maior destaque na produção agrícola dos municípios de Aripuanã, Cotriguaçu, Colniza, Juruena, dentre outros. O café pode ser considerado o carro chefe da agricultura. Sua influência na economia do noroeste mato-grossense é indiscutível. Solo fértil, regularidade das chuvas e gente trabalhadora são os principais fatores que concorrem para o desenvolvimento da região.
O prefeito Jonas Canarinho frisa que o maior obstáculo ao desenvolvimento de Aripuanã, como de toda a região noroeste, se resume na falta de logística. Na última sexta-feira, o vice Otaviano Pivetta (PDT), a deputada estadual Janaína Riva (MDB) e o deputado federal Juarez Costa (MDB) visitaram a cidade e se reuniram com os prefeitos de Juruena, Colniza e de Juína para debater a recuperação das rodovias estaduais e a retomada das obras da BR-174.
Essa rodovia vai permitir a interligação da região com o resto do País e com os portos do Pará e do Amazonas. O acesso a rodovia Transamazônica (BR-23) coloca o noroeste de MT na rota do desenvolvimento econômico e social. “Acreditamos que desta vez nossos pleitos serão atendidos”, ressalta o chefe do executivo de Aripuanã.
Assista a entrevista exclusiva que o prefeito Canarinho concedeu ao site A Bronca Popular: