Da Redação
O secretário de Estado de Saúde (SES-MT) Gilberto Figueiredo afirmou na manhã desta quinta-feira (20) que Mato Grosso já pode estar atravessando a terceira onda da pandemia e o aumento de casos de Covid-19 poderá ser sentido nas unidades de saúde nos próximos 15 dias, com a falta de leitos.
"Acho que nós já estamos nela (terceira onda) Temos novas variantes circulando e em alguns municípios a gente já sente um crescimento substancial de novos casos e provavelmente nós temos uma onda nova a ser administrada daqui pra frente", afirmou em entrevista à rádio Capital FM de Cuiabá.
De acordo com o secretário, o aumento em número de casos está diretamente relacionado ao comportamento da população, que segundo Gilberto, as pessoas estão se comportando como se a pandemia estivesse acabado.
"Nós tivemos uma série de episódios, principalmente o Dia das Mães, a flexibilização praticamente total nos municípios das atividades que estavam tendo uma certa restrição e isso aumenta a circulação do vírus e de suas variantes. Nós já tivemos em situações mais confortáveis em relação a isso", aponta.
Questionado se a estrutura estadual está preparada para atender a nova onda, o secretário lembrou que a taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 77,25% e para leitos de enfermaria é de 36%.
"Os efeitos de crescimento nesses números de casos que começa a se apresentar agora, nós vamos perceber na hospitalização daqui uns 15, 20 dias", ressalta ao comentar que o governo estadual conta hoje com 608 leitos de UTI exclusivas para pacientes com coronavírus.
"Por mais que nos esforçamos na abertura de novos leitos, isso pode ser insuficiente caso a terceira onda seja muito grave. Na segunda onda nós chegamos a ter 200 pacientes aguardando por leitos de UTI. Nós não paramos nenhum um minuto de trabalhar na abertura de novos leitos de UTI e temos leitos de enfermaria em números substanciais, um total de 932 leitos foram criados", completa.
Por fim, o secretário fez um apelo para que a população mantenha todas as medidas de biossegurança.
"É importante que a população entenda que o comportamento individual pode trazer consequência coletiva. Quero pedir que todos mantenham as medidas não farmacológica, como usar álcool em gel, máscara regularmente e manter o distanciamento social".