Da Redação
É público e notório que o MPF corre contra o tempo para denunciar os conselheiros que foram afastados do Tribunal de Contas (TCE), em setembro de 2017, por determinação do ministro Luiz Fux, do STF, no bojo da operação Malebolge.
Também é de conhecimento geral que até o momento a Polícia Federal ainda não encontrou elementos de provas capazes de justificar o indiciamento de Novelli, Teis, Valter Albano, Antonio Joaquim e Sérgio Ricardo.
Outra informação de absoluto domínio público: interinos da Corte de Contas removem céus, terras, oceanos e aprontam os escambaus para tentar ferrar os conselheiros titulares e assim se perpetuarem nos cargos que ocupam.
Provas já foram plantadas até em janelas, documentos forjados surgiram do além, auditorias manipuladas foram instauradas e enterradas pelo judiciário, tamanha a ilegalidade que ostentava. A prisão de Valdir Teis se deu nesse ambiente de açodamento. Os talonários de cheques encontrados em seu poder não teriam nenhuma relação com o objeto da investigação. Pertenciam a seu genro, que para preservá-lo, tentou se livrar das cártulas.
É obvio que as imagens de um conselheiro correndo pelas escadarias de um prédio chamou a atenção da imprensa. O fato é inusitado. Mas ninguém teve o cuidado de fazer o que se espera da mídia – apuração jornalística dos fatos.
O ministro Dias Toffoli, do STF, concedeu habeas corpus a Valdir Teis que, além da questionável legalidade da prisão, ainda apontou a pandemia do coronavírus como causa para restabelecer a liberdade ao conselheiro. Ele é do grupo de risco. Ah, outras pessoas idosas, portadoras de comorbidade não tiveram o mesmo direito. Essas pessoas podem estar precisando de assistência advocatícia.