Da Redação
Blog Edição MT

A escolha do nome Leão XIV por Robert Francis Prevost, novo papa eleito, não é apenas simbólica – é um manifesto.
Ao evocar Leão XIII, autor da histórica encíclica Rerum Novarum, o novo pontífice traça um elo direto com a origem da doutrina social da Igreja, num momento em que o mundo enfrenta os abismos éticos de uma nova Revolução Industrial: a era da inteligência artificial.
Com voz serena e firme, Leão XIV deixou claro ao Colégio de Cardeais que sua missão estará ancorada na dignidade humana, na justiça social e no compromisso pacifista com os mais vulneráveis.
Como Leão XIII enxergou os impactos do maquinário sobre os operários do século XIX, Leão XIV vê agora a urgência de proteger o ser humano frente à automatização, ao desemprego tecnológico e à desinformação algorítmica.
Mais que palavras, sua postura sinaliza um papa atento ao tempo presente, mas fiel à essência transformadora da fé.
Inspirado também pelo “estilo de serviço” de Francisco e pelos pilares da Evangelii Gaudium, Leão XIV reafirma a centralidade dos “últimos”, do diálogo e da escuta dentro e fora da Igreja.
O primeiro papa norte-americano — e também latino-americano de coração — começa seu pontificado com coragem e lucidez.
Ao reafirmar o caminho do Vaticano II e propor uma Igreja sinodal, o novo papa dá um passo firme rumo a uma Igreja mais humana, aberta e comprometida com o futuro da civilização.