Edésio Adorno
Tangará da Serra
Na semana passada a vereador Sandra Garcia (PSDB) compareceu ao Posto de Saúde do Jardim Santa Amália. Ela pretendia marcar consultas para dois pacientes portadores de comorbidade, sendo que um faz tratamento de câncer e o outro é cadeirante. A consulta médica seria apenas para fazer o cadastro para vacina anticovid-19 e retirar um atestado para comprovar a doença a que são portadores.
O médico cumpria agenda fora da unidade de saúde. Sensibilizada com o drama dos dois pacientes, a vereadora excedeu na cobrança por atendimento. Assim, tomada pela indignação santa, acabou por ferir a suscetibilidade da atendente e, eventualmente, de outros servidores.
“Peço aqui desculpas, devo ter exagerado e vou lá pessoalmente para me desculpar com os servidores do posto de saúde”, afirmou Garcia, em pronunciamento na Câmara de Vereadores.
A parlamentar pontuou ainda que existem 1.883 pacientes portadores de comorbidade aptos a tomar a vacina covid-19 em Tangará da Serra. Segundo ela, o procedimento de comprovação da doença a que são portadores é burocrático e sacrificante. “Minha sobrinha, que tem 35 anos, é assistida pela APAE há mais de 20 anos. Ela tem deficiência de síndrome de down”, afirmou
“Quem tem doença crônica, autoimune, tem médico particular e o atestado desse profissional seria o suficiente para comprovar a comorbidade. É assim que está funcionando em Cuiabá e em outros municípios”, acrescentou a vereadora
A preocupação da vereadora Sandra Garcia de oferecer atendimento menos burocrático, mais célere e humano a esse universo de 1.883 pacientes portadoras de comorbidade deve merecer uma reflexão do prefeito e da secretária de Saúde de Tangará da Serra.