EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Durante a campanha eleitoral de 2018 e depois de reeleito deputado estadual, Wilson Santos fez barulho em defesa da taxação do agronegócio. Além de entrevistas a imprensa, o Galinho turbinou as suas redes sociais e até torrou alguns trocados com a locação de outdoor para convencer a população a abraçar sua bandeira ou cruzada contra os barões do campo.
Wilson Santos não pretendia apenas taxar o agronegócio. O deputado também se empenhou pela instação da CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal. A proposta era investigar a concessão de incentivos fiscais a empresarios da industria, do comércio, da prestação de serviços, do agronegócio e até de revendedores de combustiveis. A proposta parecia seria demais para ser verdadeira.
A tal CPI da Sonegação Fiscal já foi devidamente soterrada.
O discurso de taxação do agronegócio também já foi mandado para as calendas.
Wilson Santos, misteriosamente, foi convertido em fervoroso defensor dos interesses do baronato rural. A chegada de Carlos Avalone na Assembleia Legislativa, notório preposto de Eraí Maggi, alterou a percepção que Santos tinha do agronegócio.
Leia a matéria que saiu hoje no Rdnews:
Karen Malagoli/Rdnews
Deputados Ulysses Moraes e Wilson Santos se manifestam contra o projeto do governo de reinstituir os incentivos
"Unidos como espécie de porta-vozes da turma do agronegócio, Wilson Santos (PSDB) e Ulysses Moraes (DC) resolveram recorrer ao expediente da exposição pública de colegas deputados como forma de pressioná-los a não apoiar o projeto do governo que define reinstituição dos incentivos fiscais e mais carga tributária.
Disseram que vão espalhar outdoor com a cara daqueles que votarem a favor da taxação.
Aliás, Wilson e Ulysses passaram a se revezar na tribuna, durante as sessões ordinárias, dispostos a discutir todos os itens da reforma, que deve entrar na pauta de votação na próxima semana. O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, um dos governistas, já se mostra impaciente com a dupla"