A empreiteira Guaxe é uma empresa genuinamente tangaraense, mas ao que parece não tem o menor compromisso com a cidade, sua gente e deve desconhecer por completo o sentido da expressão responsabilidade social.
Contratada pela Sinfra/MT para executar a recuperação da pavimentação asfáltica da MT-358, trecho Tangará da Serra a Ita Norte, a obra pode ser considerada descartável. Em menos de dois anos, após a conclusão das obras, a rodovia está completamente danificada.
No contrato assinado pela Guaxe existe uma cláusula denominada de garantia quinquenal.
Resta saber quem vai exigir da relapsa construtora que refaça as obras que deveriam ter sido executadas com qualidade técnica.
Ah, mas a rodovia já foi repassada a concessionária Via Brasil. É verdade, assim como existe outra verdade sobre a qual ninguém fala.
O valor que o Governo de MT pagou a Guaxe pela obra fake será cobrado da concessionária, que se recusa a pagar por uma obra mal feita e ao mesmo tempo ter que refazê-la por completo. E o valor embolsado pela Guaxe teria sido da ordem de R$ 16 milhões. Ela venceu uma licitação ainda em 2014 e obra permaneceu paralisada até 2019, quando a Sinfra/MT autorizou sua execução.
A Via Brasil até admite executar a obra, mas exige a responsabilização da Guaxe, que somente pode ser executada pela Sinfra/MT.
Enquanto o impasse permanece, os usuários da rodovia padecem. Eis aí uma boa pauta para os representantes da região na ALMT e para os vereadores. O prefeito Vander Masson (PSDB) também pode e deve meter o bedelho no caso e exigir de quem de direito a devida recuperação desta importante via de acesso a cidade e toda a região.
