Cala tua boca, Mourão!

Da Redação
Blog Edição MT

O vice-presidente da República e senador eleito, Hamilton Mourão (Republicanos), é a síntese da estupidez política e o exemplo da miséria intelectual característica dos selvagens bolsonaristas que se opõem, com emprego da força bruta, ao resultado das eleições.

Não à-toa, o general recebeu de um humorista o epiteto de Paquita da ditatura.  

Em sua conta no Twitter, o saudosista da era de chumbo validou as manifestações que contestam a eleição de Lula, incluindo os atos de terrorismo deflagrados na noite da última segunda-feira (12), em Brasília, por uma súcia de bandoleiros bolsonaristas.

Mourão tem plena consciência de que manifestações dessa magnitude de bandidagem seriam reprimidas com força total em qualquer regime militar. 

Sem corar a cara e orgulhoso de sua ignorância – ausência de conhecimento, o general de pijama escreveu que “o clamor das manifestações a que assistimos desde a proclamação do resultado das urnas, que permaneceram sem o voto impresso e auditável, é legítimo”, sem mostrar de onde partiu a legitimidade dessas manifestações incendiárias levadas a cabo por um bando de milicianos manipulados por delinquentes de alta patente.  

Os filósofos Max Weber e Kelsen ensinaram que legítimo é o que reflete a expressão da lei, sendo legítimo o que for legal. Fechar rodovias, atentar contra as instituições republicanas, vandalizar, incendiar e causar a destruição de patrimônio público e privado não pode ser considerada manifestação legitima e sim atos criminosos.  

Legitimidade, segundo a sociologia, é algo que tem o apoio da maioria, é aceito pelo conjunto da sociedade.

O terrorismo imposto pelos milicianos, longe da aprovação popular, é contestado e rejeitado por todos que primam pela manutenção do estado democrático de direito, a democracia, a livre circulação de pessoas e produtos.  

Para não continuar falando asneiras, sugiro ao general Mourão que cale sua boca.

Se não pode ajudar, que não empurre o Brasil para o abismo do qual foi resgatado depois de 21 anos de muita luta, sofrimento e morte.

O clamor das manifestações a que assistimos desde a proclamação do resultado das urnas, que permaneceram sem o voto impresso e auditável, é legítimo, por mais que muitos tenham tentado classificá-lo de “antidemocrático”.

— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) December 14, 2022